segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

V.I.T.R.I.O.L.


Em memória de uma busca inacabada e de uma alma perdida...

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Uma nova visão...

http://www.fotothing.com/

Um lugar/ acontecimento que nos coloque em face de uma nova visão de nós mesmos e do que nos envolve, pela criação de uma relação intensa com o mundo.

N.R.

Em todas as ruas te encontro

Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura

Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco

Mário Cesariny

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Uma ideia de eternidade...







Jupiter and beyond the infinite...

2001, Space Odyssey, Stanley Kubrick, 1969

Geometria dos sentidos

Sei o que quero de ti: partilhar as visões de beleza e de escuridão. E sim, a infinita liberdade de quem sabe estar quase a tocar o divino. Essa é a matéria de que és feito.
Onde vês vazio, sinto plenitude; onde lamentas redundância, leio intensidade... A repetição das palavras, dos gestos, o pensar sobre o que já se pensou, fazer o que já foi feito, ver o que já foi visto...dependendo da sensibilidade e inteligência da pessoa, pode tornar-se a mais aborrecida das tarefas, ou uma explosão de fertilidade. Como espreitar pelas faces de um cristal, uma multiplicidade de perspectivas, jogos de luz e sombra, reflexões, refracções, geometria dos sentidos. Um universo em cada ideia, se a ideia contemplar o próprio universo. O gesto que abarca o mundo, se o mundo estiver contido na intenção do gesto. E os sentimentos maiores que a Vida...
Tu sabes tudo isto...
Preciso do teu regaço e do teu olhar.
Sim, o local onde a espuma do mar e o sal se fundem é meu...e teu...

domingo, 1 de fevereiro de 2009

há um tempo...

há um tempo para voar e um tempo para aterrar
há um tempo de mudança e há um tempo de estabilidade
há um tempo de tempestade e um tempo de acalmia
há um tempo para nos virarmos do avesso e viver tudo com intensidade até à saturação dos sentidos
há um tempo para não sentir
há um tempo de plenitude e um tempo de vazio
há um tempo para estar no olho do furacão e ser engolido por ele
há um tempo para admirar de fora a sua capacidade renovadora

haverá um espaço onde se cruzam? talvez...
há um tempo, algures no meio, para preparar o turbilhão
aprontar as asas para a largada e remendar as redes que nos apoiam na queda...